A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) reafirmou, este sábado, o seu compromisso inabalável com a estabilidade política, a segurança regional e o desenvolvimento sustentável da África Austral, durante a Cimeira dos Movimentos de Libertação, que decorre em Joanesburgo, capital económica da África do Sul.
O Secretário-Geral da FRELIMO, Chakil Aboobacar, chefiou a delegação moçambicana presente no encontro, que reúne partidos políticos considerados pilares históricos das lutas de independência nacional na região austral do continente africano. No seu discurso, Aboobacar salientou que, mais do que uma reunião simbólica, a Cimeira representa uma plataforma estratégica para fortalecer a cooperação política entre os antigos movimentos de libertação que, hoje, governam ou influenciam os seus respectivos países.
“Esta é uma Cimeira especial, que ocorre num momento particularmente exigente para os nossos países. Estamos aqui para consolidar as nossas relações históricas, partilhar experiências e reafirmar o nosso compromisso colectivo com a estabilidade, paz e progresso da África Austral. Juntos, temos a responsabilidade de preservar o legado das nossas lutas e adaptar as nossas acções às exigências actuais dos nossos povos”, afirmou.
Segundo o Secretário-Geral, as profundas transformações sociais, económicas e políticas em curso na região exigem dos partidos históricos uma actuação coordenada, ética e orientada para resultados. A FRELIMO, enquanto partido no poder em Moçambique, reafirma o seu papel como força dirigente comprometida com a modernização do Estado, a boa governação e a justiça social.
Aboobacar destacou que os encontros regulares entre os movimentos libertadores são essenciais para manter viva a memória colectiva da luta pela independência e, ao mesmo tempo, adaptar os seus ideais às novas dinâmicas de governação democrática e desenvolvimento inclusivo.
“É fundamental que estes encontros não se limitem à retórica. Devemos sair daqui com acções concretas e estratégias conjuntas para combater os desafios comuns, como a pobreza, o desemprego juvenil, a corrupção, os conflitos armados e as mudanças climáticas, que continuam a afectar os nossos países”, acrescentou.
Na ocasião, o dirigente destacou também o papel do Presidente da FRELIMO e Chefe de Estado moçambicano, Daniel Francisco Chapo, como símbolo de renovação política em Moçambique. Segundo Aboobacar, o novo ciclo político liderado por Chapo está ancorado na ética na governação, no reforço institucional e na luta decidida contra a corrupção.
“O Presidente Daniel Chapo tem assumido de forma firme e transparente o combate à corrupção como prioridade nacional. Ele representa uma nova geração de liderança que encara a política como missão de servir o povo, com responsabilidade, patriotismo e visão estratégica”, declarou.
O Secretário-Geral acrescentou que a confiança depositada pelo povo moçambicano na FRELIMO deve ser honrada com acções concretas e resultados visíveis. Destacou ainda que a estabilidade regional só será possível com instituições fortes, economias resilientes e uma cidadania politicamente activa.
“O nosso compromisso é com o povo. É esse compromisso que dá sentido ao voto de confiança que recebemos nas urnas. Cabe-nos transformar essa confiança em melhorias reais nas condições de vida das populações, com políticas públicas orientadas para o bem-estar colectivo, inclusão social e sustentabilidade ambiental”, disse.
A Cimeira dos Movimentos de Libertação ocorre num contexto marcado por desafios transversais, incluindo a insegurança em algumas zonas da região, as pressões económicas globais e os impactos das mudanças climáticas. Por isso, os líderes presentes enfatizaram a necessidade de reforçar os mecanismos de integração regional, solidariedade entre Estados e acções conjuntas para a resolução de crises.
Durante o encontro, os partidos abordaram ainda temas ligados à juventude, educação, industrialização, defesa da soberania, fortalecimento das instituições democráticas e promoção de valores pan-africanistas. A FRELIMO reiterou a sua disponibilidade para continuar a contribuir para os esforços regionais de paz, reconstrução e progresso sustentável.
No final da sua intervenção, Aboobacar voltou a sublinhar que a FRELIMO continuará a honrar o seu papel histórico e a adaptá-lo às exigências do presente e do futuro.
“A nossa história é de resistência, mas o nosso futuro será de desenvolvimento. Estamos prontos para construir, com os nossos parceiros da região, uma África Austral mais justa, segura e próspera para as gerações actuais e futuras”, concluiu.
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