Moçambique inaugura primeiro laboratório de ADN Forense com capacidade para 200 análises diárias

Moçambique deu hoje um passo significativo no reforço da investigação criminal com a inauguração do seu primeiro laboratório de análise de material genético (ADN) para fins forenses, uma infraestrutura com capacidade para processar até 200 amostras por dia.

Localizado sob a coordenação do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), o novo laboratório representa um avanço tecnológico e científico que permitirá ao país realizar, internamente, exames de ADN para a resolução de diversos tipos de crimes.

Segundo as autoridades, a nova unidade forense será fundamental para apoiar a investigação de casos de raptos, abusos sexuais, violações, homicídios e outros crimes graves, possibilitando a identificação de suspeitos e vítimas através da análise genética.

lab-quality-assurance-l-1024x512-1 🧬🚨 JUSTIÇA COM MAIS CIÊNCIA! Moçambique inaugura primeiro Laboratório de ADN Forense — 200 análises por dia para desvendar crimes

Até agora, Moçambique dependia de laboratórios no estrangeiro, principalmente na África do Sul, para realizar este tipo de perícias, o que implicava custos elevados e atrasos nos processos de investigação e julgamento.

Impacto na investigação criminal

De acordo com o SERNIC, a entrada em funcionamento do laboratório vai reduzir significativamente o tempo de resposta na obtenção de resultados e aumentar a taxa de resolução de casos. Com equipamentos de última geração e técnicos especializados, será possível realizar comparações rápidas de amostras genéticas com bases de dados nacionais e internacionais.

Autoridades judiciais e policiais acreditam que a infraestrutura também contribuirá para reforçar a credibilidade das provas apresentadas em tribunal, assegurando maior rigor científico nas investigações e fortalecendo o combate à criminalidade organizada.

Mais eficiência e autonomia

Para além do impacto direto na resolução de crimes, o laboratório deverá desempenhar um papel relevante em casos de identificação de vítimas em desastres naturais ou acidentes de grande escala.

Especialistas sublinham que a autonomia forense representa um marco para o sistema de justiça moçambicano, permitindo que o país reduza a dependência de recursos externos e aumente a eficácia das suas instituições de investigação criminal.

O SERNIC garantiu que serão observados padrões internacionais de qualidade e segurança, bem como protocolos de preservação da cadeia de custódia das provas, assegurando a fiabilidade dos resultados e a sua validade legal.

Perspetivas futuras

O lançamento do laboratório insere-se na estratégia nacional de modernização dos meios de investigação e no esforço para responder aos novos desafios colocados pela criminalidade no país.

O Governo prevê que, a médio prazo, a base de dados genética nacional possa apoiar investigações de crimes transnacionais e cooperar com organismos internacionais no combate a redes de tráfico e outros ilícitos.

A inauguração foi recebida como um avanço importante para o sistema de justiça criminal moçambicano, marcando o início de uma nova fase em que a ciência forense terá um papel cada vez mais central na descoberta da verdade e na promoção da justiça.

 

🌍 Olhar no futuro

O projeto faz parte da estratégia nacional de modernização da investigação criminal. A médio prazo, está prevista a criação de uma base de dados genética nacional para apoiar investigações de crimes transnacionais e cooperação com organismos internacionais no combate ao tráfico e a redes criminosas.

 

✅ Um passo gigante para a justiça moçambicana, que entra agora numa nova fase onde a ciência forense será uma aliada central na descoberta da verdade e na promoção da justiça.

 

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