Fim-de-semana Sangrento nas Estradas: 12 Mortos e Várias Famílias em Luto em 7 Províncias

As estradas moçambicanas voltaram a ser palco de tragédia no último fim-de-semana, deixando um rasto de dor e luto em sete províncias do país. Um total de 15 acidentes de viação ceifaram 12 vidas humanas, para além de provocar 15 feridos graves, 23 feridos ligeiros e avultados danos materiais.

A porta-voz da Polícia Municipal, Rocinda Uelemo, fez o balanço desta terça-feira, revelando que a cidade de Maputo lidera o número de vítimas mortais, com três óbitos, seguida pelas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Zambézia e Nampula, com duas mortes cada. A província de Tete registou uma vítima fatal.

Segundo a porta-voz, os acidentes envolveram diferentes tipos de veículos e dinâmicas, desde despistes (sete no total), atropelamentos com fuga dos condutores (dois), choques entre viaturas e ciclomotores (dois), até colisões com triciclos e velocípedes. Em todos os casos, os resultados foram devastadores, com famílias mergulhadas em sofrimento e um número crescente de vítimas que evidencia uma crise de segurança rodoviária.


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Entre as principais causas dos sinistros, destaca-se a condução sob o efeito de bebidas alcoólicas, uma prática irresponsável que continua a causar danos irreparáveis nas estradas do país. A polícia aponta ainda o excesso de velocidade, desrespeito pelas regras de trânsito e deficiências mecânicas dos veículos como factores que contribuíram para o elevado número de acidentes.

Face ao agravamento da situação, Rocinda Uelemo assegurou que a fiscalização rodoviária será intensificada, com o objectivo de travar comportamentos de risco, sobretudo durante os fins-de-semana, quando se verifica maior circulação e menor disciplina nas estradas.

“Vamos reforçar as acções de fiscalização em pontos estratégicos, sobretudo em locais onde o índice de sinistralidade é elevado. Precisamos proteger vidas humanas e restaurar a confiança nas nossas vias de acesso,” referiu.

A crescente onda de acidentes de viação coloca também em debate a eficácia das campanhas de educação cívica e rodoviária, bem como a necessidade urgente de medidas mais firmes, como testes de alcoolemia aleatórios, recolha de cartas de condução em casos reincidentes, e maior responsabilização criminal para condutores que provoquem mortes e abandonem o local do acidente.

Enquanto isso, o país continua a assistir, quase semanalmente, a uma sucessão de tragédias rodoviárias, que podiam ser evitadas com mais responsabilidade ao volante, melhor fiscalização e maior investimento na manutenção das estradas.

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